20 de nov. de 2011


Sou a atriz de uma velha história…
De dia me visto de luz…
De noite me visto de Lua…
E no palco da vida…
Serei sempre um aprendiz….
Fui pelo amor escolhida…
Onde te conto meus trechos de gloria…
Sou a poesia descrita nos versos…
Que te conto agora…
Vivi em mundos diferentes…
Criei cores inventei fantasias…
Sonhei com um belo amante…
Enfeitando minha arte…
O anjo da noite desceu…
Encheu meus olhos de alegria…
Tinha um sorriso que seduzia…
E na musica que só eu sabia…
Vivi amores com que sonhei…
E nos braços da noite…
Contei segredos meus…
E também meus desejos…
Onde revejo uma sena onde sempre…
Beijo um anjo de branca luz vestido de azul…
O anjo partiu e meu desejo ficou pela metade…
E hoje sou apenas uma guerreira…
Perdida no reino das deusas…
Onde escrevo minha humilde poesia

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(Marcos Ernani)

"Deveríamos ser sensíveis como as crianças,
que sentem alegria nas pequenas coisas..."


Adeus,


que é tempo de marear!



Por que procuram pelos olhos meus

rastros de choro,

direções de olhar?



Quem fala em praias de cristal e de ouro,

abrindo estrelas nos aléns do mar?

Quem pensa num desembarcadouro?

- É hora, apenas, de marear.



Quem chama o sol? Mas quem procura o vento?

e âncora? e bússola? e rumo e lugar?

Quem levanta do esquecimento

esses fantasmas de perguntar?



Lenço de adeuses já perdi...Por onde?

- na terra, andando, e só de tanto andar...

Não faz mal. Que ninguém responde

a um lenço movido no ar...



Perdi meu lenço e meu passaporte

- senhas inúteis de ir e chegar.

Quem lembra a fala da ausência

num mundo sem correspondência?



Viajante da sorte na barca da sorte,

sem vida nem morte...



Adeus,

que é tempo de marear!



CECÍLIA MEIRELES