9 de jul. de 2012

Jardim q cultivei!



Abri os portões do jardim q cultivei a vida toda.Com cuidado e escolhas especiais,para q esse jardim foce lindo e raro...E quando estava tudo florido e enfeitado,decidi fazer uma nova escolha,só faltava alguém para passear e desfrutar desse jardim...Deixei entrar,mas me dei conta q esse jardim jamais poderia ser aberto...Hoje restam apenas destruição...As faces foram arrancadas de um rosto de menina sapeca...A menina? Fugiu sem dizer adeus,e hoje anda por uma estrada deita de cacos de vidro q machucam seus pés delicados..."As flores q ela tinha para oferecer para o visitante morreram,cada dia uma a uma" E a última q era a tão especial.que eu chamava de A DAMA DA NOITE...Foi esmagada,essa era tão especial,q eu dizia ser rara pq era a que fazia nascer as mais variadas fantasias e ideias...Hoje não mais! A jardineira...Essa fechou os portões do jardim,e está caminhando sem destino e sem parada....Perdida procurando sementes para recomeçar a criar um novo jardim...Sem encontra-las...

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(Marcos Ernani)

"Deveríamos ser sensíveis como as crianças,
que sentem alegria nas pequenas coisas..."


Adeus,


que é tempo de marear!



Por que procuram pelos olhos meus

rastros de choro,

direções de olhar?



Quem fala em praias de cristal e de ouro,

abrindo estrelas nos aléns do mar?

Quem pensa num desembarcadouro?

- É hora, apenas, de marear.



Quem chama o sol? Mas quem procura o vento?

e âncora? e bússola? e rumo e lugar?

Quem levanta do esquecimento

esses fantasmas de perguntar?



Lenço de adeuses já perdi...Por onde?

- na terra, andando, e só de tanto andar...

Não faz mal. Que ninguém responde

a um lenço movido no ar...



Perdi meu lenço e meu passaporte

- senhas inúteis de ir e chegar.

Quem lembra a fala da ausência

num mundo sem correspondência?



Viajante da sorte na barca da sorte,

sem vida nem morte...



Adeus,

que é tempo de marear!



CECÍLIA MEIRELES