Falo a língua dos loucos...porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos... Nada em mim foi covarde,nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça,foi meu grande gesto de coragem.
30 de jul. de 2011
Ser cada dia um pouco mais nós mesmos.
Dar espontaneamente sem cobrar.
Aprender a ser feliz de dentro para fora.
Buscar no próximo um meio de nos prolongarmos.
Sentir a vida na natureza.
Entender a morte como natural da vida.
Conseguir a calma na hora do caos.
Ter sempre uma arma para lutar e uma razão para ir em frente.
Saber a hora exata de parar e buscar um algo novo.
Não devanear sobre o passado, mas trabalhar em cima dele para o futuro.
Reconhecer nossos erros e valorizar nossas virtudes.
Conseguir a liberdade com equilíbrio para não sermos libertinos.
Exigir dos outros, apenas o que nós damos a eles.
Realizar sempre algo edificante.
Ser responsável por nossos atos e por suas conseqüências.
Entender que temos o espaço de uma vida inteira para crescer.
Nos amarmos para que possamos amar os outros como nós mesmos.
Assumir que nunca seremos grandes,
mas que o importante é estar sempre em crescimento.
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(Marcos Ernani)
"Deveríamos ser sensíveis como as crianças,
que sentem alegria nas pequenas coisas..."
que sentem alegria nas pequenas coisas..."
Adeus,
que é tempo de marear!
Por que procuram pelos olhos meus
rastros de choro,
direções de olhar?
Quem fala em praias de cristal e de ouro,
abrindo estrelas nos aléns do mar?
Quem pensa num desembarcadouro?
- É hora, apenas, de marear.
Quem chama o sol? Mas quem procura o vento?
e âncora? e bússola? e rumo e lugar?
Quem levanta do esquecimento
esses fantasmas de perguntar?
Lenço de adeuses já perdi...Por onde?
- na terra, andando, e só de tanto andar...
Não faz mal. Que ninguém responde
a um lenço movido no ar...
Perdi meu lenço e meu passaporte
- senhas inúteis de ir e chegar.
Quem lembra a fala da ausência
num mundo sem correspondência?
Viajante da sorte na barca da sorte,
sem vida nem morte...
Adeus,
que é tempo de marear!
CECÍLIA MEIRELES
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