29 de mai. de 2011

O TELEFONE TOCA



ele: ALÔ!
ela: OLÁ!
ele: QUEM É
ela: SOU EU
ele: O QUE VC QUER.
ela: DIZER QUE TE AMO.
ele: DE NOVO! VOCÊ NÃO CANSA?
ela: QUEM AMA NÃO CANSA.
ele: ACABOU!!!
ela: QUER DIZER QUE EU NÃO SIGNIFIQUEI NADA PRA VOCÊ?
ele: AGORA NÃO IMPORTA, VOU DESLIGAR.
ela: NÃO POR FAVOR!
ele: POR QUE NÃO?
ela: POR QUE TE AMO!
ele: ENTÃO ME ESQUEÇA.
ela: NÃO POSSO, PREFIRO MORRER AO TE ESQUECER.
ele: ENTÃO SE MATE.

UMA SEMANA DEPOIS UM CURIOSO PERGUNTA:
DO QUE ELA MORREU.?

O BOMBEIRO FALA: ELA AMAVA ALGUÉM.

A MÃE FALA: ELA SE SUICIDOU.

ENTÃO NO DIA DO ENTERRO ESTAVA LÁ O GAROTO PRONTO PARA PRESTAR A ÚlTIMA HOMENAGEM,

BEIJA UMA ROSA E DIZ: EU TAMBÉM TE AMO.

ELA LÁ DE CIMA RESPONDE: TARDE DE MAIS.

MORAL: É PRECISO PERDER PARA APRENDER A VALORIZAR QUEM AMAMOS.
TEMOS QUE FALAR TUDO HOJE, POR QUE AMANHÃ PODE SER TARDE DE MAIS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário


(Marcos Ernani)

"Deveríamos ser sensíveis como as crianças,
que sentem alegria nas pequenas coisas..."


Adeus,


que é tempo de marear!



Por que procuram pelos olhos meus

rastros de choro,

direções de olhar?



Quem fala em praias de cristal e de ouro,

abrindo estrelas nos aléns do mar?

Quem pensa num desembarcadouro?

- É hora, apenas, de marear.



Quem chama o sol? Mas quem procura o vento?

e âncora? e bússola? e rumo e lugar?

Quem levanta do esquecimento

esses fantasmas de perguntar?



Lenço de adeuses já perdi...Por onde?

- na terra, andando, e só de tanto andar...

Não faz mal. Que ninguém responde

a um lenço movido no ar...



Perdi meu lenço e meu passaporte

- senhas inúteis de ir e chegar.

Quem lembra a fala da ausência

num mundo sem correspondência?



Viajante da sorte na barca da sorte,

sem vida nem morte...



Adeus,

que é tempo de marear!



CECÍLIA MEIRELES