27 de jul. de 2011

BENDITA LOUCURA



Respeitem a minha insensatez,
não me imponham o normal.
Não sigo padrões,
convenções,
imposições.
o políticamente correto,
vivo a vida atual,
aguardo o futuro,
breve terá vez,
o passado está sepulto,
Bom é ser louco e feliz.
Sou maduro-imaturo,
ignorante-culto,
sou cult, curto
e grosso.
Jogo flores em aviões,
Atiro versos na lua;
converso comigo,
sem medo
de ser feliz.
Sou total, inteiro,
melhor fazer
que omitir.
Tudo é sol, provocante,
tudo é música, atordoante.
Com veemência,
defendo o direito de sentir,
esta atraente demência.

[gustavo drummond]

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(Marcos Ernani)

"Deveríamos ser sensíveis como as crianças,
que sentem alegria nas pequenas coisas..."


Adeus,


que é tempo de marear!



Por que procuram pelos olhos meus

rastros de choro,

direções de olhar?



Quem fala em praias de cristal e de ouro,

abrindo estrelas nos aléns do mar?

Quem pensa num desembarcadouro?

- É hora, apenas, de marear.



Quem chama o sol? Mas quem procura o vento?

e âncora? e bússola? e rumo e lugar?

Quem levanta do esquecimento

esses fantasmas de perguntar?



Lenço de adeuses já perdi...Por onde?

- na terra, andando, e só de tanto andar...

Não faz mal. Que ninguém responde

a um lenço movido no ar...



Perdi meu lenço e meu passaporte

- senhas inúteis de ir e chegar.

Quem lembra a fala da ausência

num mundo sem correspondência?



Viajante da sorte na barca da sorte,

sem vida nem morte...



Adeus,

que é tempo de marear!



CECÍLIA MEIRELES