não confio em mim. não confio em ti.
não confio em nós.
o mais apropriado é não fazermos verbos
em quartos de silêncio, em corpos de
natureza ruidosa de actos,
na extensão rasteira das nuvens,
em ruínas de poemas,
verbos que tratam algumas palavras
por substantivos, substantivos
que estimulam e reprimem verbos
que fazem rachaduras nos lábios
iluminando proibições na fala.
não confio em mim. não confio em ti.
não confio em nós.
não confio em nós.
o mais apropriado é não fazermos verbos
em quartos de silêncio, em corpos de
natureza ruidosa de actos,
na extensão rasteira das nuvens,
em ruínas de poemas,
verbos que tratam algumas palavras
por substantivos, substantivos
que estimulam e reprimem verbos
que fazem rachaduras nos lábios
iluminando proibições na fala.
não confio em mim. não confio em ti.
não confio em nós.
(Sylvia Beirute)